Oitavo dia - o cu da velha

dia-a-dia: chegaram as vigotas

Mais um dia sem estória. A noite mal dormida obrigou-me a duas sonecas pelo caminho. A obra não avançou por falta de material (vigotas e tijoleira) e excesso de chuva. Aproveitei a aberta para expressar junto do empreiteiro a minha preocupação com a delimitação entre a laje de baixo e a de cima. Acho que ficou compreendido.

Enquanto não ganhava coragem para o 'até logo' definitivo o Amílcar lá ia soltando a língua. Insistia com a Alcina que a parede do palheiro nunca levou barro. A Alcina escavocava mais um bocado da parede com a bengala. O Amílcar mantinha-se intransigente. Parecia que a discussão durava há anos. Mostrou-me um ferro, uma porcaria, que depois chegaram os de aço e aí é que era. O ferro, que deixou de ser de ferro para passar a ser de aço. E falou-me das pedras como as das piscinas é que é. Então aquilo não leva cimento?, pergunta a Alcina, sempre duvidosa das capacidades da junta seca. As da piscina, cum carai, remata o Amílcar. Aquilo é que é xisto bom. Com face, não é como isto (aponta para a parede, de pedras irregulares). Esta pedra é de cu de velha.

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