Décimo dia - corta aí, irmão

dia-a-dia: tijolo térmico

Já há estevas a florir. E a carqueja. Já é tanto o bicho a florir que já nem vale a pena contar. Voltei a lembrar-me do que é um freixo, árvore querida por todas as razões.

Grande rebuliço na aldeia. A Clementina interrompeu-me algumas vezes para eu trazer a água de volta. Ó Nuno, não há água. É perciso telefonar para a Câmara. E ela já tinha telefonado mas eu tinha de telefonar porque assim eles vinham logo. E eu que queria mostrar aos pedreiros como os vãos das portas estavam no sítio errado e que, sim, há janelas, há que cortar o tijolo, caro amigo.

Depois do almoço experimentei a nova técnica de extermínio de mimosas. Basta depenar-lhes a base como quem descasca uma banana.

e aí está como se descasca uma mimosa

Ao fim da tarde comecei a heróica poda da roseira. Ai dela. Na sofreguidão de lhe dar a sua conta pisei e repisei os óculos de sol, sem o notar. Fiquei a olhar para os destroços dos óculos a pensar, que alívio, ao menos a tesoura está inteira. Como mudei.

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