Mudar de Ano

A Quinta dos Baldo tem o prazer de anunciar a sua abertura para a Passagem de Ano 2012-2013. 

Depois de um entusiasmante período de construção, de aprendizagem, de interação com a cultura e as culturas locais, a Quinta dos Baldo estreia-se para acabar o ano de 2012 em beleza. 

Os dias são curtos mas produtivos em Martim Tirado. As manhãs, nevoentas e frias, pedem um despertar tardio e aconchegado. Passado esse amanhecer invernio, o resto do dia é propício a caminhadas pelos vales inexplorados da Ribeira de Mosteiro ou pelos vestígios romanos do Canamor, a visitas à vila manuelina de Freixo de Espada à Cinta ou os belos e agrestes miradouros do Douro Internacional. Baixando o sol, as aves recolhem ao abrigo e a lareira acende-se na Quinta dos Baldo. Esperamos por si. 

 Aluguer da casa (2 quartos duplos): 120 euros por noite. Camas extra e berços disponíveis. 

 Pedidos de informação e reservas: 962557275, quintadosbaldo@gmail.com

Covando

Hoje cavámos covas, o Nuno Ribeiro e eu. Amanhã é dia de plantar. Se soubesse que cavar uma cova dava tanto trabalho não tinha comprado cinco árvores. Tinha comprado uma. Pequenina.

cavando covas
(foto do Nuno R, montagem do dermandar)

A terra está espídia, disse-nos o tio Amílcar. Difícil de trabalhar. Na verdade, dependia da cova. Em algumas covas, mais para baixo no terreno, a terra era muita e fácil de escavar; quanto mais para cima, menos terra e mais barro. Com a chuva, o barro empapa e forma enormes torrões, pesados e duros, o que torna o escavar um trabalho moroso e cansativo.

As árvores a plantar: três cerejeiras, uma ameixoeira, um pessegueiro e um diospireiro.

Open Street Map - Ecopista do Sabor

Este é um percurso que já tinha desenhado no OSM mas apenas como percurso ciclável. Quando descobri o Way Marked Trails tratei de o transformar também num percurso pedestre.

ecopista do Sabor

Como o nome indica, a Ecopista herdou o seu nome da Linha do Sabor, malogradamente encerrada em 1988. Por iniciativa da Câmara de Moncorvo a linha começou a ser reconvertida. O primeiro troço foi inaugurado em 2006. Neste momento a obra está concluída entre Moncorvo e Carviçais, e existem planos para a prolongar até ao Pocinho e até Miranda do Douro, criando-se uma ecopista de mais de cem quilómetros, a maior do país. Ficam algumas fotos:

à roda do Cabeço da Mua

à roda do Cabeço da Mua

entre o Larinho e Moncorvo

pedestre e ciclável

Open Street Map - Calçada de Alpajares

A partir do momento que descobri esta página, que mostra os percursos pedestres dentro da base de dados do OSM, decidi trabalhar os percursos à volta de Martim Tirado de maneira a preformatá-los para visualização.

way marked trails

Comecei pela Calçada de Alpajares (nome científico: PR1-FEC Ribeira de Mosteiro - Calçada de Alpajares), o mais incrível de todos os percurso da região e uns dos melhores que já percorri. Desenvolve-se na freguesia de Poiares, no troço final da Ribeira de Mosteiro, antes de desaguar no Douro, já quase em Barca d'Alva.

a calçada romana

complexo xisto-graváquico

Convido todos a percorrê-la. Grifos, paisagens abruptas, património. Aqui fica a ligação.

a Calçada de Alpajares

Open Street Map - Martim Tirado

O Open Street Map (OSM), uma espécie de wikipédia dos mapas, tem como objetivo criar o melhor mapa do mundo. A gama de camadas e subcamadas é infinita, e, como é de código aberto e gerido pela comunidade, pode ir ganhando novas camadas de informação, consoante as necessidades dos utilizadores. O básico de um mapa, que este obviamente engloba, são as redes (viária, ferroviária); os aglomerados populacionais; as fronteiras e limites. Infelizmente, Portugal está ainda muito atrasado no OSM. Apenas o essencial do país está desenhado, e sem grande pormenor. Do nada, comecei a desenhar Martim Tirado:

Martim Tirado

Desenhei-lhe caminhos, casas, manchas arbóreas, campos de cultivo. 

Quinta dos Baldo

O trabalho, se bem que hercúleo (e ainda a decorrer) serve-me um propósito específico: caracteriza o território de forma gráfica. É trabalho para ser utilizado pelo meu empreendimento turístico e por quem mais achar relevante. Fica aqui a ligação. A entrada é grátis e qualquer um pode editar, sem grande dificuldade. Comecem pelo vosso bairro.

Um dia completo

De manhã fui às sanchas. Antes do almoço, cortei lenha. Ao almoço, cozinhei as sanchas. À tarde montei uma cama. À noite dormi.

cogumelíadas - sanchas

No dia seguinte, um roco na frigideira. A crescer mesmo ali, junto à casa, no meu quintal.

cogumelíadas - roco

Sanchas

Com os primeiros hóspedes bem acomodados na casa, parti para o monte com a tia Clementina e o marido. Objetivo: sanchas. Primeiro procurámos no pinhal bem junto à casa, a caminho do Púlpado. Nada. Como tinha pouco tempo, deixei-os, triste por não ver sanchas. Passado um pouco já batiam à porta de casa.

sanchas

Sanchas! Muitas, todas de prenda. Era achar o sítio certo. Como diz a tia Alcina, melhor que comer as sanchas é andar atrás delas. Os dois seguiram pelo pinhal, à cata de mais.

Na noite anterior comemos castanhas, do Marco.

castanhada

Estivemos também no Penedo Durão, desta vez à cata de grifos. Tal como as sanchas, acabaram por surgir.

grifo

Última semana de outubro

Infelizmente, ainda não há sanchas. Esta semana ouvi outra palavra 'galega': morangueiro, que é como quem diz, medronheiro.

cogumelos mil

cogumelos mil

Cartão profissional

Acabei o desenho para os cartões profissionais, e entretanto já chegaram os carimbos. Quando der mostro o resultado.

frente

verso

Terceira semana de outubro

Tirei algumas fotos, para ter a certeza de que era verdade. Aqui estão.

Zona de refeições

A cozinha

Zona de refeições

Zona de refeições

Centésimo quadragésimo quinto dia - fim

Ao abrir a porta, aquela ténue sensação de que a obra estava terminada começou a apoderar-se de mim. Nem com chuva nem com nada nós iríamos parar.

E assim foi. A obra está terminada.

Centésimo quadragésimo quarto dia - desencontro

O patrão dos do pladur telefonou-me às oito. Sem pré-aviso, baseado numa conversa da semana passada, mandou os homens para a obra, comigo fora e com a Clementina, dona da chave, na horta, a uma hora de distância por montes e vales. À falta de chaves, tivemos de adiar a segunda demão.

Cheguei só depois do almoço, contentíssimo por ter arranjado novo obreiro. Dedicámo-nos a tirar a fita-cola que faltava, mal chegámos, e a limpar tudo, e a colocar as prateleiras nas cabeceiras e a encaixar as gavetas das camas. Quando saímos já eram quase as oito. Noite profunda.

Centésimo quadragésimo terceiro dia - fenómeno

Com carpinteiros e eletricistas na obra, pouco pudemos avançar no trabalho do chão. Na carpintaria pouco ficou a faltar. Algumas ferragens, um outro pormenor de pintura. O escano foi ao sítio, se bem que um dos tampos tem de ser corrigido. Na eletricidade, um fenómeno. Com os candeeiros da cozinha já ligados à corrente, um dos eletricistas veio chamar-me. Ligavam as luzes e apenas a do canto, que tem um interruptor próprio, se acendia. Damos-lhe um toque (nas outras) e já acende. Será mal contacto, pensei eu? O eletricista insistia em mostrar-me. Dá-se um toque e acende. Está a ver? E, de tanto mexermos, percebemos que um toque ligava, o segundo toque aumentava a intensidade da luz, o terceiro toque aumentava ainda mais, e o quarto toque desligava. Mistério. Será provocação? Estariam os candeeiros a gozar connosco? Só a vinda do engenheiro resolveu a contenda. Munido de uma chave, abriu um dos candeeiros e concluiu que se tratava de um sistema próprio, de toque, de controlo da intensidade da luz. Posso cortar? Cortou e tudo ficou resolvido.

à vez

Centésimo quadragésimo segundo dia - especial

Com os prazos a apertar, fui obrigado a vir trabalhar ao domingo, juntamente com um obreiro muito especial. Chegámos depois do almoço. Eu comecei no quarto de baixo a montar a cama, enquanto que o obreiro atacou a fita-cola no quarto de riba, já munido da espátula, essa arma essencial no desembaraçar da fita. Voltámos depois do jantar. Ficou o quarto de riba quase pronto.

quarto de baixo

quarto de cima

Centésimo quadragésimo primeiro dia - descobrimento

Dia de dar a primeira demão nas paredes. Seria dia para dar ambas as demãos mas, para não variar, houve descoordenação entre as duas equipas e os remates junto às janelas ficaram por fazer e etc. e ainda não foi desta que acabaram.

Passei o dia a tirar fita-cola da madeira do quarto de baixo. A técnica, à base da unha e da navalha, não me pareceu muito eficaz.

quarto de baixo

quarto de baixo

Ao procurar a Clementina para me ajudar com as uvas, a irmã ofereceu-me peras. Mas que as apanhasse eu, pois está claro. Trouxe comigo uma caixa cheia de fruta.

Centésimo quadragésimo dia - luz

A tia Alcina mostrou-me, orgulhosa, a criação da garniza. Onze pintos! Eram onze ovos, tão cá todos, são onze pintos!

os pintos da tia alcina

Mais um dia de trabalho intenso. Desta feita, carpinteiros e eletricistas, e eu pelo meio para complicar. Na carpintaria apenas remates. Arestas por pintar, portas de armários por aplicar, etc. Aproveitando a mão-de-obra presente, aproveitei para colocar os espelhos na casa de banho. Já para os eletricistas os desafios montavam (tanto que o serviço ficou por acabar).

trabalho contínuo

Durante a manhã insisti nos móveis. Já que não posso ainda montar as camas (tenho de as montar dentro dos quartos), comecei a montar as gavetas das já referidas camas.

O resto do dia passei-o a acompanhar os obreiros (temente da repetição de situações como a do armário de baixo, que mereceu hoje mais uma reunião de trabalho).

Quando os eletricistas deram o caso por terminado, já perto das seis, entrei eu em ação. Era hora de dar a segunda de verniz no quarto de baixo, munido de uma novidade: luz elétrica! Assim, pude trabalhar até às oito e um quarto.

primeira foto noturna. qualidade zero

Centésimo trigésimo nono dia - louva-a-deus

À falta de obreiros para orientar, virei-me para o verniz em falta no quarto de baixo (primeira camada) e na cozinha (segunda camada).

a cozinha

Chegado ao fim da tarde, sem mais que fazer, continuei a apanha da amêndoa. A tia Clementina colocou a amêndoa da semana passada a secar na eira. O tio Luís estava a descascar a amêndoa que apanhei hoje e juntei-me a ele. O tio Amílcar fez igual.

é amêndoa, trovão. não morde

A escola é um zoológico de pequenos animais. Hoje foi a vez do louva-a-deus.

louva-a-deus regressa à escola

Centésimo trigésimo oitavo dia - norden

Dia sem história. De manhã passei pela Câmara de Moncorvo para pedir a licença de habitabilidade; a tarde passei-a a montar móveis. Estou a montar todos os móveis menos as camas, a montar já dentro da casa depois de pintadas as paredes. Estou a gostar de usar a casa do meu avô como oficina (casa do fogo, chamávamos-lhe quando éramos putos), escondido da atenção do mundo por uma parreira e um pessegueiro.

mesa norden

O barro do quarto de baixo ainda não secou totalmente, apesar de a Clementina ter aberto portas e janelas todos os dias desde sexta. Para aumentar a circulação de oxigénio (que garante a secagem do barro) abri também as claraboias.

Lá fora os morcegos fazem mais barulho do que nunca. Já deviam saber que não se fala com a boca cheia.

Centésimo trigésimo sétimo dia - Ikea

O lume é carava, dizia-me a Alcina ao borralho, hoje de manhã. As noites e as manhãs andam frias e as velhas já acendem a lareira.  Companhia, perguntei eu? Aquilo que você chama companhia eu chamo a carava. Ensinou-me uma mulher que morou lá na sua casa.

Não sei se por vergonha, se por que foi, mas ontem ocultei o que me ocupou parte do dia, e a totalidade do dia de hoje: montar móveis do Ikea. Não que me envergonhe de comprar móveis lá mas sei que os futuros clientes vão querer algo mais do que um catálogo do Ikea. Os prazos e o orçamento ditaram as decisões, mas espero que, com tempo e tino, possa escolher melhor.

O barro está a secar bem. Segunda envernizo.

Centésimo trigésimo sexto dia - retoques

E eis que se acaba o barro. Não a matéria-prima, reforçada esta semana com novo carregamento, mas o chão. Com a ajuda do obreiro, ainda a manhã ia a meio e já tínhamos terminado o quarto de baixo.

quarto de baixo

quarto de baixo

Acabado o barro, desloquei o obreiro para outras funções. Primeiro para arrumar saibro e barro longe da vista; depois para acartar terra que tinha ficado junto da eira para preencher os desníveis que o empreiteiro se recusou a tapar.

A carpintaria avançou também, mais centrada nos pormenores. As casas de banho de baixo já têm portas.

retoque finais

retoques finais

Centésimo trigésimo quinto dia - gaveta

Aparentemente, a borrasca já foi. Sem chuva, as misturas já se fazem facilmente no exterior e o trabalho segue sem percalços  Como o obreiro número dois (o número um só volta amanhã) teve de apanhar o comboio das cinco e meia, o trabalho acabou cedo, pelas quatro e meia. Se não, acabávamos o quarto. Ai não que não acabávamos.

A carpintaria seguiu o seu rumo. Vieram as portas, já lacadas e envernizadas (a parte envernizada ainda me assusta, a ver se com o tempo perde força), e os pormenores em falta são cada vez menos. Cada novidade traz consigo uma nova dificuldade, mas dá sempre para resolver.

o enigma da gaveta enviesada

Centésimo trigésimo quarto dia - chuva

Meses e meses de secura extrema (dizia-me o tio Luís: a última vez que choveu a sério foi em novembro) e tinha de cair a borrasca na última semana de obra. Tivemos de crivar e amassar o barro no corredor. Isto quando já tínhamos barro, que chegou apenas a meio da manhã. Mal chegou, acabámos a cozinha e avançámos para o quarto de baixo, o último por acabar.

debaixo da fita

Os carpinteiros também andaram por lá, a fechar armários e a desenhar portas feitas de forro. Muito a contragosto, lá montaram o exaustor da cozinha e respetivo móvel. Digo a contragosto por estes serem do Ikea.

a cozinha

trabalho de carpinteiro

Deus, tanta chuva. Bom para as castanhas e para as sanchas, sem dúvida.

Centésimo trigésimo terceiro dia - à geira

A manhã pegou em força. Eu mais dois obreiros, mais ninguém na obra. Prometia. No entanto, o barro escasseava. Ao fim da manhã já não sobrava barro para o meu grupo, na cozinha (segunda camada) nem para o obreiro no quarto de baixo (primeira camada). Atacámos o verniz, primeira demão na cozinha, segunda demão na parte de cima. Acabado o verniz, virámo-nos para o lixo que circundava a casa. Grande parte seguiu direto para o contentor. Sobrava tempo para os obreiros. Pu-los a apanhar amêndoa. E mais um dia se cumpriu.

Centésimo trigésimo segundo dia - abrunhos

Passei o dia sozinho, na cozinha, a acabar o chão. Só desisti quando senti as costas a dar de si. A meio da manhã, numa pausa, fui xeretar o trabalho que o carpinteiro deixara a meio, na passagem entre o quarto de baixo e a cozinha. Nas minhas deambulações, ontem, enquanto o carpinteiro ia trabalhando, lá tentava perceber o que ele estava a fazer (neste caso, no forro dum guarda-vestidos embutido). Discutimos mais do que uma vez o remate do armário, que saía enviesado. Por incúria minha, achava que era o interior do armário que estava enviesado, o que não era crítico. Com uma solução engenhosa, tudo se resolvia. Só hoje, a meio da manhã, é que percebi que não era o interior do armário que estava enviesado mas sim O CORREDOR. Sim, o corredor. Como uma das paredes de pladur tinha ficado com as medidas erradas, o carpinteiro decidiu-se a corrigir isso fazendo um corredor enviesado. Mal se nota, já me apercebi, mas não tem jeito. Terça revemos isto.

Com a ânsia de fazer com que o barro seque o mais rápido possível tentei abrir janelas, portas e claraboias. Como o tempo está a mudar, uma rabanada de vento encheu de poeira parte do barro feito hoje. Em pânico, ainda tentei vassourar (ideia estúpida), mas parece-me que como o barro já estava feito há umas horas o lixo não pegará.

a cozinha

A tia Clementina trouxe-me uvas, de manhã, e abrunhos, ao início da tarde.

as prendas da Clementina

Centésimo trigésimo primeiro dia - rachadelas

Engarrafamento na Quinta dos Baldo: uma camioneta de quinteiros que andavam à amêndoa; do picheleiro, que veio montar o pio (ou ontem ou anteontem ficou quase pronta a banca, esqueci de escrever); do carpinteiro; dos do pladur, que vieram lixar as paredes e dar o primário.

o senhor Gaspar a despachar a banca

A meio da manhã lá lancei a piada de sempre, já testada com os carpinteiros. Já está tudo lixado? Sim sim. Sabes que na minha terra não dizemos 'já está tudo lixado', dizemos 'já está tudo f*****'. Piadinhas do patrão. Lá se riram, a contragosto.

antes de pintar, vamos 'lixar' as paredes

Pudera. Passaram a manhã a levar nas orelhas. Ponham plástico na sala toda. Olha o taquinho por baixo da escada. Não ponhas o pé aí que esse barro ainda não está envernizado. De facto, o barro envernizado apenas com uma camada ganha uma resistência que eu não antevia no barro por envernizar. Devia ter envernizado a parte onde andaram os carpinteiros na semana passada. Tinha poupado muitas rachadelas.

no quarto de cima, entre pinturas

Quanto ao trabalho do dia, travado pela evolução dos pintores, pouco fiz. Acabei a primeira de barro na cozinha e ao fim da tarde fiz umas filas da segunda de barro, também na cozinha. O barro, aplicado em goma, totalmente saturado de água, é a melhor forma de ser trabalhado. Cada vez sai mais perfeito.

Com as portas da casa de banho de cima colocadas há mais de um dia é que detetei mais um 'erro do arquiteto', como gosta de enfatizar o carpinteiro. Ao desenhar, pressionado por ele, os aros das portas no chão, não tive o discernimento de verificar se estava a olhar bem para o desenho se este não estaria rodado 180°. Aconteceu a segunda hipótese. Ainda pensei na possibilidade de pedir que retirassem os aros, mas desisti ao perceber o atraso que isso constituiria e ao verificar que assim, rodado 180°, funciona igual. Raio do arquiteto que não sabe o que quer.

entre a sala e o quarto