Quadragésimo oitavo dia - corvos

dia-a-dia: abarracado

A manhã começou com uma alerta vermelho - a Fidalga ladrou a noite toda e um dos cachorros estava em falta. Dizia-me isto a Clementina, que também dizia ouvir um latir, sem saber bem a origem. A Fidalga bem andava pelo meio das nossas pernas, em pânico aparente, como se os seus uivos lhe restituíssem o filhote. Que foi fácil de achar. Um pouco mais abaixo no caminho, desamparado, lá estava um dos cachorros, ainda sem conseguir andar sozinho. Talvez um bicho qualquer, uma raposa, o tivesse rapinado do ninho, e o tivesse deixado no meio do caminho sob a ameaça da Fidalga. E a Fidalga, pobre coitada, não conseguiria pegar na cria sozinha, e assim o cachorro passou a noite ao relento. Mas gordos como estão tudo parece bem.

À hora do almoço, quando voltava da Macieirinha, notei um enxame de aves, mesmo sob o carro, a encher o céu. O normal era serem grifos, acabados de topar alguma carcaça. Ouvia-os a grasnar e pouco percebia da língua deles. Afinal eram corvos.



Durante a tarde os carpinteiros acabaram a parte deles. Fica a faltar o remate dos outões, a colocação da onduline e de seguida da telha. E fica o remate entre os dois telhados. Talvez com um rufo.

acabando o telhado

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